Sobre mim

Cidades mais populosas da Guiné-Bissau
Bissau Bafatá
	Posição	Localidade	Região	Pop.
	1	Bissau	Sector autónomo de Bissau	388 028
	2	Bafatá	Bafatá	22 521
	3	Gabú	Gabu	14 430
	4	Bissorã	Oio	12 688
	5	Bolama	Bolama	10 769
	6	Cacheu	Cacheu	10 490
	7	Bubaque	Bolama	9 941
	8	Catió	Tombali	9 898
	9	Mansôa	Oio	7 821
	10	Buba	Quinara	7 779

 

 

 

AUTORRETRATO

 

De altura média com um peso corporal de 75kilos.

Cor de chocolate, raça negra, rosto arredondado, pestanas pretas, olhos acastanhados, cabelos curtos misturados já com alguns brancos, (é fruto da idade).

Nariz associado à minha raça.

Voz inconfundível a do meu pai, o rosto igual da minha mãe.

Vontade de ser um homem cheio de conhecimentos.

Nos tempos livres gosto muito de ler e construir ideias, sou religioso e gosto mais de praticar as minhas orações nas horas de adoração.

Trato todas as pessoas de igual para igual, mas para comigo é bem diferente.

Sonhos de ser gestor de projetos, para compartilhar os conhecimentos com a minha equipa de trabalho.

 

 

AUTOBIOGRAFIA

 

 

Nasci em Guiné-Bissau a vinte e seis de Maio de 1974, na região leste denominada Bafatá, onde iniciei o ensino primário em 1980, o meu pai chamava-se Cherno Sissé, tinha a profissão de condutor auto e a minha mãe, ainda viva, chama-se Mariama Embaló e é vendedora ambulante, tenho três irmãos o Tidjane Sissé, o Gibrilo Sissé, que era o terceiro filho e faleceu vítima de doença, depois nasceu o Infali Sissé meu irmão mais novo. 

 

A vinte e sete de Agosto de 1987, foi o ano em que morreu o meu pai vítima de doença, tinha treze anos de idade, foi um grande sofrimento para a minha mãe, que ficou viúva quando eramos ainda muito pequeninos e não tinha ninguém que a pudesse ajudar na nossa educação. Ela teve que mudar da cidade onde nascemos, para o capital (Bissau) para junto dos seus familiares, pretendia criar o seu negócio para tentar minimizar as nossas dificuldades e o nosso sofrimento pela perda do nosso pai, este período decorreu entre 1996/97, ano em que conclui o 11º ano de escolaridade.

Em 1998, quando tinha vinte e quatro anos de idade, comecei a trabalhar como empregado de balcão numa loja, para poder ajudar a minha mãe e minimizar as despesas por ela assumidas, no mesmo ano houve conflito armado das forças armadas e o governo, facto que nos obrigou a abandonar o país em busca de refúgio no país vizinho que é o Senegal na sua capital Dakar, onde ficámos durante um ano, até ao final do conflito. Depois voltámos novamente para Bissau para poder continuar os nossos trabalhos, que tinham sido interrompidos tão abruptamente devido à guerra. Contudo, a loja onde trabalhava, continuou sem abrir as portas e fiquei desempregado.

Em 2000, consegui um novo emprego numa organização não-governamental denominado ONG-ADIM, onde exerci as funções de responsável nas nossas zonas de intervenção,  na zona sul do meu país, concretamente em Buba, no programa de Desmobilização Reinserção e Reintegração dos ex-combatentes (PDRRI), até ao final do programa, em 2005.

No mesmo ano trabalhei no novo programa de micro créditos, um programa de apoio, a pessoas vulneráveis e associações de base nas diferentes regiões com atividades geradoras de rendimento.

 Em 2008 fui transferido para outra cidade do sul como responsável da agência em continuidade, no mesmo projeto, onde trabalhei durante cinco anos, até o ano 2011, que foi o pior ano da minha vida pessoal e profissional, foi o ano em que tive um acidente de viação que me provocou uma fratura grave na perna direita.

Em 2013, fui integrado numa bolsa de tratamento e vim para Portugal, a fim de poder ser operado para corrigir a fratura que tenho na perna, através duma intervenção cirúrgica.

 

Os sonhos e esperanças que tenho no futuro é de ter um bom tratamento aqui em Portugal e conseguir recuperar a mobilidade total da minha perna. Depois da recuperação, quero estudar para melhorar a minha formação profissional, que até aqui não tinha tido essa oportunidades e por fim pretendo regressar ao meu país com o diploma e a esperança de conseguir um bom emprego, a fim de poder acompanhar e contribuir para a formação dos meus filhos.